POR ENTRE AS RACHADURAS - ESPETÁCULO DO GRUPO DE DANÇA DO ENSINO MÉDIO
Como em 2023, entendemos que uma das formas mais potentes de aprendermos juntos sobre as relações étnico-raciais é pela Arte.
Em agosto, o Colégio ofereceu para a comunidade mais uma apresentação do espetáculo “Por entre as rachaduras”, criado em 2023 pelo grupo de dança formado por estudantes do Ensino Médio.
Com uma trilha sonora potente, músicas e movimentos muito bem estudados, o grupo de dança, que já carrega marcas importantes, em sua composição, de diversidade de raça, gênero e outros marcadores, levanta temas como força, luta e resistência.
Logo depois da belíssima apresentação, houve uma potente conversa com os professores Marco Cabral e Fabiana Neves com o grupo de dança.
(Imagem: Acervo Nicole)


PRECISAMOS DE VOCÊ


2025 chega repleto de desafios e novas oportunidades.
Um dos marcos importantes do ano será a captação de recursos via Leis de Incentivo, com a possibilidade de abatimento no Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas, pois tivemos o primeiro projeto aprovado na Lei Rouanet, para realizar o Festival Santa Plural.
Esse é um passo significativo para garantir a expansão do evento. Pessoas físicas podem direcionar até 6% do seu Imposto de Renda, enquanto empresas tributadas pelo lucro real podem destinar até 4%.
Entre em contato para saber mais informações sobre essa e as demais formas de contribuir!

NOSSO CONTEÚDO MAIS CURTIDO NO INSTA
Nosso post mais curtido fala do tamanho do impacto que a Associação vem alcançando com dezenas de crianças tendo acesso à educação através das bolsas de estudo do Programa Santa Plural! 💛
Esse é o impacto direto do seu apoio, de quem acredita na transformação e na construção de um futuro mais justo. Para seguirmos o nosso trabalho neste ano, precisamos de você.
Siga a gente em @programasantaplural para ficar por dentro.

O QUE ESTÁ ROLANDO?
Todos pela Educação
A diretora da Associação Santa Plural, Nicole Carnizelo, e a coordenadora, Flaviana Oliveira, estiveram no Encontro Anual Educação Já 2025, promovido pelo Todos Pela Educação, no dia 13 de março.
O evento contou com a presença de ministros, governadores, prefeitos e secretários de educação de diversos estados, organizações e representantes da sociedade civil discutindo o balanço dos últimos dois anos e as perspectiva até 2026, além da força política para o avanço de uma agenda sistêmica e o que está na fronteira do debate educacional, como: Crise Climática, Ciência da Implementação; e Inteligência Artificial.

As relações étnico-raciais no Ensino Médio
A equipe do Ensino Médio decidiu no Congresso de educadores compartilhar a história do compromisso do curso com uma educação antirracista trazendo reflexão para algumas práticas como:
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A disciplina de Práticas em Cidadania que desde 2000 realiza trabalhos de campo envolvendo viagens para comunidades quilombolas, ribeirinhas e aldeias indígenas.
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A entrada de Sociologia no currículo em 2010, que aperfeiçoa uma sequência didática que aborda diretamente o tema do racismo e hoje dialoga com os cursos de Literatura, História, Geografia e Biologia, que tecem relações interdisciplinares para tratar de questões raciais.
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O curso de Pesquisa Autoral iniciado em 2018 que termina com a produção de um trabalho de pesquisa que se mostra um espaço interessante de manifestação para os alunos que podem contar com a orientação direta de professores em suas descobertas, elaboração e expressão dos desafios e opressões vividos nas relações sociais.
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A formação em 2022 do grupo de trabalho para educação antirracista que tem pautado as ações formativas junto a equipe docente.
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A análise do currículo sob a perspectiva decolonial como exercício constante bem como as ações de letramento de todos, adultos e jovens para as relações no dia a dia onde preconceitos e violências ainda se apresentam, trazendo luz ao muito trabalho que ainda temos pela frente. As situações têm sido enfrentadas com coragem e os registros permitem a construção de um repertório para a condução e aprendizagem frente às situações e os desafios do cotidiano.
ACONTECEU E FOI LEGAL
Júlia e Paula fazem juntas a lista de convidados para sua festa. Animadas por comemorarem o aniversário no mesmo dia, anotam nomes de amigos e familiares quando Júlia diz, como quem tem uma ideia:
“Percebeu que nossa lista só tem pessoas brancas? Vamos chamar aquela aluna nova que é preta para ninguém chamar a gente de racista.”
Ao que a Paula responde:
“Credo, amiga! Então, para ninguém pensar mal da gente, tem que usar a menina só por ela ser negra? Não! O nome disso é tokenismo e a gente pode sim convidar a aluna nova, mas sem segundas intenções, só para ela se enturmar com o pessoal. Se a gente não quer ser chamada de racista é só começar a fazer alguma coisa para ser antirracista.”
Júlia apenas concorda:
“Na próxima aula convidamos ela para sentar com a gente e entregamos o convite…”
Quem não as conhece pode pensar que foi uma situação de vergonha, mas, pessoas que se gostam, querem sempre o melhor para seus amigos e aquelas duas sabiam que a bronca foi só para que o aprendizado sobre tokenizar pessoas negras acontecesse.
Paula sabia que a sua amiga não tinha uma criação que refletia sobre antirracismo, mas reconhecia uma pessoa cuidadosa na amiga, ensinou o que sabia: pessoas negras têm suas próprias histórias e não podem ser resumidas às ferramentas nem serem usadas para ajudar pessoas brancas a parecerem antirracistas.
Júlia, por sua vez, provou ser mesmo a pessoa correta que sua amiga imaginava: aceitou o alerta com carinho e repensou sua atitude, mudando a abordagem, mas mantendo o convite.
Quando alguém sinalizar que você teve uma atitude ou comportamento racista, reflita e no lugar de entrar na defensiva, lembre que essa pessoa só quer que você seja o melhor que pode ser.
CONSTRUINDO IGUALDADE
O Conselho para o enfrentamento do Racismo nos Primeiros Anos (CARE) foi criado em 2024 para investigar os impactos do racismo na infância.
A iniciativa composta pela parceria entre três centros acadêmicos de destaque: CEED (Universidade de Boston), ERAC (Universidade da Carolina do Norte) e HCDC (Universidade de Harvard), conta um grupo multidisciplinar, formado por pesquisadores, profissionais e especialistas e busca analisar evidências científicas e desenvolver ferramentas para informar famílias, educadores e formuladores de políticas sobre os efeitos do racismo no cotidiano e no desenvolvimento infantil.
Para mais informações e detalhes sobre a iniciativa, visite o site: https://developingchild.harvard.edu/our-approach/councils/council-on-addressing-racism-in-the-early-years/

A PLURALIDADE NA ESCOLA
Supervisão de Orientadores Educacionais com o Instituto Gerar - Núcleo de Racialidade
Os orientadores educacionais do Colégio Santa Cruz permanecem com a supervisão, realizada pelo Núcleo de Racialidade do Instituto Gerar, conduzida pelos psicanalistas Paulo Bueno, Priscilla Santos e Vera Iaconelli.
Nesse fórum, os orientadores continuam a refletir, com base em situações cotidianas em nossa escola, sobre as intervenções e os possíveis desdobramentos dos encaminhamentos realizados nos casos de racismo presentes no Colégio Santa Cruz.
Assessoria sobre “Relações raciais, cultura e educação"
Iniciado em setembro de 2024 com duração até dezembro de 2025, começou o projeto de formação “Relações raciais, cultura e educação”, com participação de toda a equipe pedagógica do Fundamental 1, do NED, do NUPI e da Biblioteca.
O projeto é conduzido por dois grandes pesquisadores e estudiosos da temática racial: Marcio Farias, psicólogo, doutor e professor do Departamento de Psicologia Social da PUC-SP e coordenador de pesquisa do Instituto AMMA Psique e Negritude; e Ronaldo Vitor, mestre e doutorando em Teoria Literária pela UNICAMP e tem como objetivo oferecer aos participantes reflexões teóricas, vivências e oportunidades de diálogo que colaborem para a melhor compreensão das relações raciais e para o posicionamento antirracista na comunidade escolar.

Eu Acredito
"Eu acredito que o Programa Santa Plural é inovador, que promove a reflexão e comprometimento de toda a comunidade Santa Cruz. Tenho certeza que serve e servirá de exemplo para outras escolas que escolhem diariamente o caminho do diálogo, convergência e que prezam por um futuro mais próspero para as nossas crianças."
Isabel Montoro, membro do Conselho Consultivo da Associação Santa Plural.
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